A empresa italiana de energia ENI e os seus parceiros do projeto de gás natural na Área Quatro da Bacia do Rovuma, aprovaram formalmente a entrada da gigante de petróleo e gás dos Estados Unidos, a ExxonMobil.
Em março, a ExxonMobil comprou metade da participação da ENI na Área 4 por 2,8 biliões de dólares. O governo moçambicano autorizou a transação em Setembro. Como resultado, a ENI e a ExxonMobil agora possuem uma participação de 25% na Área 4. A China National Petroleum Corporation (CNPC) detém 20% das ações, enquanto a Galp-Energia de Portugal, a Kogas da Coreia do Sul e a própria Companhia Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH) possuem cada uma 10%.
Esta permissão ainda era necessária para a ExxonMobil entrar na Área 4. Com essa permissão concedida, o caminho está aberto para o Estado moçambicano cobrar o imposto de mais-valias da ENI na transação. O valor do imposto a pagar é estimado em 354,4 milhões de dólares.
Falando na cerimónia de terça-feira, a ministra de Recursos Minerais e Energia, Leticia Klemens, citada na edição de quarta-feira do jornal de Maputo “Noticias”, disse que
“foi dado um passo importante para a implementação do projeto de liquefação de gás natural. Com a assinatura deste acordo complementar a ExxonMobil poderá contribuir para a implementação dos projetos na Área 4”.
Parte do acordo é que a ENI continue a ser a operadora da Área Quatro e que a ExxonMobil assumirá a responsabilidade pela gestão e implementação das operações em terra. Estes incluirão plantas de liquefação de gás a serem construídas na península de Afungi, no distrito de Palma.
A entrada da ExxonMobil como acionista no projeto, disse Klemens, reforçou sua crença de que Moçambique se tornará um dos maiores exportadores de gás natural do mundo. A ministra finaliza afirmando que
“este acordo irá permitir que possamos beneficiar da grande competência técnica e robustez financeira da ExxonMobil, líder mundial em operações petrolíferas, com grande domínio do mercado do gás natural”.
Fonte: AIM