De acordo com fontes da Africa Intelligence, a Anadarko apresentou, em meados de dezembro, um programa de desenvolvimento ao Ministério de Recursos Minerais e Energia.
O Ministério, liderado desde outubro de 2016 por Leticia da Silva Deusina Klemens, vai agora analisar de perto as propostas técnicas para o projeto de fornecimento de gás para dois comboios de GNL situados na província de Cabo Delgado. Ao submeter o programa – um passo necessário antes de qualquer decisão de investimento final – a empresa baseada no Texas, dirigida por Al Walker, tinha a intenção de aumentar o valor das suas participações moçambicanas.
Se o programa for aceite como tal, ou depois de algumas mudanças, não haverá mais obstáculos para a Anadarko negociar antes de lançar este programa. A Anadarko espera que a medida reavive o interesse de outras empresas petrolíferas em comprar todo ou parte dos seus activos em Moçambique.
A empresa ainda possui 26,5% do bloco 1 ao lado da Mitsui E & P Moçambique Area 1, ONGC Videsh, Bharat PetroResources, PTT Exploration & Production e Oil India.
A Anadarko está a contar com o interesse da ExxonMobil, cujo chefe, Rex Tillerson (provavelmente se tornará o novo secretário de Estado da administração americana) se reuniu com o presidente Filipe Nyusi em setembro para expressar a esperança da sua empresa em comprar os blocos 1 e 4. Entretanto, as negociações da ExxonMobil Anadarko E ENI ainda não trouxeram resultados concretos.
Devido à quantidade gigantesca de reservas oblock-1 e 4 (mais de 100 TCF, parte dos quais em campos que se encontram ao longo dos dois blocos) poucas empresas têm a potência de fogo financeira para investir e desenvolver projetos de GNL.
Fonte: Africa Intelligence